O diabetes gestacional é uma doença que pode ocorrer durante a gravidez em mulheres de todas as idades.
Por ser uma condição bastante séria e que traz riscos à saúde da mãe e do bebê, é fundamental que as gestantes ou quem está planejando uma gravidez saibam todo o possível sobre o Diabetes Gestacional, principalmente porque, na maioria das vezes, trata-se de uma doença silenciosa, que requer rastreamento para seu diagnóstico.
O que é o diabetes gestacional?
O diabetes gestacional diz respeito ao aumento das taxas de glicose no sangue da mãe durante uma gravidez.
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes mostram um aumento progressivo dessa doença a cada ano. Isso, por sua vez, torna ainda mais importante a conscientização sobre ela e a busca por soluções.
Por ser uma doença exclusiva da gravidez, ela geralmente é diagnosticada por um especialista em ginecologia e obstetrícia, mas o ideal é que a gestante seja, também, avaliada pelo médico endocrinologista, especialmente se apresenta fatores de risco, como obesidade, hipertensão, história prévia de diabetes gestacional ou feto grande para idade gestacional, dentre outros.
Quais são os sintomas dessa doença?
Conforme citado, o diabetes gestacional, também chamado de Diabetes mellitus gestacional (DMG), pode ser assintomático.
Por isso, é fundamental que qualquer mulher grávida busque por médicos que façam exames durante toda a gravidez, especialmente após a 24ª semana.
É preciso estar constantemente atenta aos níveis de glicose em jejum, bem como à resposta do corpo após a ingestão de glicose. Isso pode ser feito por meio de testes de tolerância.
Existem fatores de risco associados ao diabetes gestacional?
Sim, diversos fatores de risco podem ser associados ao DMG. Os principais são:
- Mulheres com gestação múltipla (gêmeos);
- Mulheres mais velhas que engravidam (acima dos 35 anos);
- Mães que apresentam hipertensão arterial sistêmica;
- Ganho de peso além do normal na gravidez;
- Histórico familiar que aponta a presença de DMG ou outro tipo de diabetes na mãe da grávida;
- Mulheres com SOP – Síndrome do Ovário Policístico;
- Filhos anteriores que nasceram com mais de 4 kg e mais.
É sempre importante fornecer ao médico informações precisas sobre histórico familiar e rotinas. Isso permite a ele analisar cada situação em específico, diagnosticá-la e oferecer a melhor solução.
O que fazer após o diagnóstico?
Se após a análise dos fatores de risco acima e a execução dos testes devidos a mãe for diagnosticada, de fato, com o DMG, uma nova rotina será implementada.
Na grande maioria das vezes, ela diz respeito a uma alimentação mais bem regulada e à prática de exercícios físicos, a fim de minimizar os fatores de risco em questão e diminuir a glicose no sangue.
Se após duas semanas de tentativa de controle glicêmico com dieta e atividades físicas os alvos glicêmicos não forem alcançados, é mandatório instituir tratamento medicamentoso, feito geralmente com insulinas.
O objetivo do controle glicêmico é a prevenção de complicações maternas e fetais, como fetos grandes para idade gestacional, traumatismo no parto, hipoglicemia neonatal e, ainda, risco aumentado de diabetes, obesidade, hipertensão e síndrome metabólica na fase adulta.
E no pós-parto?
Muitas mulheres acreditam que o diabetes gestacional acontece somente durante a gravidez. Isso é verdade na maioria dos casos, mas existem exceções.
Em média 6 semanas após o nascimento do bebê é comum que novos testes sejam feitos. Isso acontece uma vez que o DMG pode ocasionar o surgimento do diabetes tipo 2, sendo primordial o acompanhamento da mãe.
Consulte um especialista!
O acompanhamento médico e a atenção à alimentação, bem como a prática de exercícios físicos recomendada são as principais formas de evitar que o DMG e o diabetes tipo 2 causem problemas para o mãe e seu bebê.
Sendo assim, sabendo tudo sobre o diabetes gestacional, não deixe de buscar por um especialista e seguir todas as suas recomendações, tanto durante quanto depois da gravidez.
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