Seguir entendendo a bariátrica é algo realmente relevante, uma vez que segundo os dados oficiais da OMS (Organização Mundial da Saúde) mais de 600 milhões de pessoas podem apresentar algum grau de obesidade.

Por isso, falar abertamente sobre o tema é algo extremamente importante nos dias atuais, uma vez que essa é uma preocupação mundial!

O fato é que esse procedimento simplesmente foi capaz de revolucionar a maneira como a medicina avançada lida com a questão da obesidade.

Em linhas gerais, querer entender sobre o assunto pode ajudar a compreender mais de perto como esse procedimento não somente é altamente seguro como também totalmente invasivo (o que requer cautela).

Outro ponto bem promissor é que os constantes avanços da tecnologia e ainda uma bateria de diversas pesquisas realizadas nos últimos anos, permitiu ainda reduzir substancialmente os riscos e ainda contribuir para uma melhor recuperação dos pacientes.

Porém, o procedimento não é indicado para todo o tipo de pessoa, existindo determinados critérios que precisam ser impreterivelmente respeitados.

Entendendo a bariátrica: Para quem esse procedimento é recomendado?

O primeiro ponto aqui é deixar claro que potenciais pacientes que desejam seguir entendendo a bariátrica, devem primeiramente procurar ajuda de um especialista!

Somente um especialista no procedimento poderá sanar eventuais dúvidas, certificar que o paciente é realmente indicado para passar por essa cirurgia e ainda alertar sobre alguns riscos ou pontos pertinentes.

Mas, alguns aspectos podem ser facilmente assimilados antes dessa importante conversa – e um deles consiste em orientar sobre para quem é indicada a bariátrica!

  • IMC maior que 35 kg/m² + comorbidades relacionadas à obesidade
  • IMC maior que 40 kg/m²
  • Falência do tratamento medicamentoso
  • Capacidade de manejar a obesidade e outras comorbidades após a cirurgia
  • Entendimento do risco operatório
  • As sociedades clínicas brasileiras reconhecem que o procedimento cirúrgico pode ser uma alternativa para o tratamento de pacientes portadores de Diabetes mellitus tipo 2 e obesidade grau 1 (IMC entre 30 e 35 kg/m2). No entanto, a escolha do paciente ideal para esse procedimento ainda é incerta pela inexistência de protocolos de pesquisa validados (acredita-se que paciente com DM2 de diagnóstico recente tenham maior benefício com o procedimento, mas faltam dados de estudos clínicos de maior duração).

Além disso, é preciso adotar cuidados quanto aos riscos de engordar às vésperas da cirurgia, pois isso pode comprometer os resultados almejados – e isso é ainda mais grave se for proposital.

Alguns pacientes, para ter sua cirurgia confirmada tendem a tentar ganhar peso, porém, essa é uma péssima decisão, uma vez que pode ser amplamente prejudicial para a saúde do paciente e acarretar outros problemas graves.

Quais os métodos para bariátrica que podem ser adotados?

Existem alguns tipos de cirurgias bariátricas que podem ser realizadas. O método adotado pelo médico poderá variar de acordo com as principais condições clínicas do paciente e até mesmo suas eventuais preferências!

Para poder seguir adiante entendendo a bariátrica, é importante salientar que o procedimento pode ser feito com um corte tradicional na região do abdômen ou até mesmo por videolaparoscopia.

Nesse último caso, são feitos apenas pequenos cortes durante o procedimento!

Confira abaixo alguns exemplos de métodos mais recorrentes:

  • Banda gástrica: consiste em um método menos invasivo e que ainda envolve a colocação de uma banda, sendo essa em forma de anel. Ela deverá ser posta em volta do estômago, diminuindo dessa maneira o seu tamanho e, portanto, a quantidade de alimento ingerido, sendo considerado um procedimento apenas restritivo.
  • Bypass gástrico: essa é uma cirurgia invasiva onde o médico especialista realiza a exclusão de uma grande parte do estômago do trânsito alimentar, sendo que depois precisa ainda fazer a ligação do jejuno (meio do intestino) com o remanescente gástrico que permaneceu no trânsito alimentar. Esse procedimento é considerado restritivo e disabsortivo, uma vez que reduz tanto a quantidade de alimento ingerido (por redução do tamanho do estômago), quanto a quantidade de calorias que podem ser absorvidas.
  • Gastrectomia vertical (sleeve): diferente do método anterior, o médico deverá manter a ligação de forma natural do estômago com o intestino, fazendo a remoção de somente uma parte do estômago para deixá-lo menor do que o habitual e portanto com menor capacidade de ingerir alimentos. É considerada uma cirurgia restritiva apenas.
  • Derivação biliopancreática: neste método cirúrgico deverá ser feita a extração de uma parte do estômago e também do intestino delgado. Isso reduzirá a quantidade de alimentos ingeridos e também fará com que os alimentos ingeridos não sejam totalmente digeridos ou absorvidos, reduzindo dessa maneira a quantidade de calorias. Trata-se de um procedimento restritivo e disabsortivo.

Possíveis riscos da cirurgia!

Quem quer continuar entendendo a bariátrica precisa ter em mente os riscos associados! Nesse caso, vale destacar que há a possibilidade de ocorrer algumas complicações, e que existem fatores capazes de predizer maior risco de complicações.

A taxa de mortalidade após 30 dias relatada nos principais estudos varia de 0,2 a 0,3%, sendo considerada uma taxa muito baixa, porém mostra que a cirurgia não é isenta de riscos. A experiência do cirurgião e da equipe cirúrgica é um preditor de segurança.

Os principais fatores que predizem maior risco de complicações incluem: IMC alto, apneia do sono extrema, inabilidade de andar 200 pés (60 metros), história de Trombose Venosa Profunda (TVP).

As principais complicações precoces incluem:

  • Vômitos, fezes com sangramento e diarreia, nos primeiro dias após a cirurgia;
  • Sangramento da ferida operatória;
  • Deiscência de suturas (abertura dos pontos – internos ou externos);
  • Embolia pulmonar, que nada mais é do que o entupimento do vaso sanguíneo pulmonar, o que pode acarretar falta de ar súbita e dor no peito ou nas costas intensa.
  • Fístulas, que consiste em bolsas pequenas que se formam junto aos pontos internos da região devidamente operada.
  • Obstrução intestinal, úlcera, hérnia incisional;

As principais complicações tardias incluem:

  • Má absorção de vitaminas e sais minerais;
  • Diarreia;
  • Anemias secundárias à má absorção de ferro, ácido fólico e vitamina B12;
  • Neuropatias secundárias à má absorção de vitamina B12;
  • Colelitíase (cálculos na vesícula).

Por todos os aspectos aqui citados para quem deseja seguir entendendo a bariátrica, é fundamental que todo o procedimento se dê por uma avaliação multiprofissional!