Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) da tireoide guiada por Ultrassonografia
É o melhor método para diferenciar nódulos tireoidianos benignos e malignos, sendo um procedimento tecnicamente simples e de fácil execução ambulatorial, quando realizado por profissional capacitado.
Como é realizada a PAAF de tireoide?
Com a ajuda de um aparelho de ultrassonografia, o médico endocrinologista irá identificar o nódulo a ser puncionado e, então, irá introduz uma agulha acoplada a uma seringa no interior do nódulo, com o objetivo de aspirar amostras de células.
Essas amostras são então colocadas em lâminas para que seja realizado o esfregaço celular. As lâminas contendo as amostras de células do nódulo são então encaminhadas para um médico patologista que irá analisar o material para determinar a classificação do nódulo quanto ao risco de malignidade.
Quando a punção deve ser indicada?
Na indicação para PAAF deve-se levar em conta o tamanho do nódulo e, sobretudo, seu aspecto ultrassonográfico. Nódulos menores que 1,0 cm, a princípio, não devem ser puncionados, exceto em indivíduos com padrão ultrassonográfico de alto risco ou se houver adenomegalia cervical de aspecto suspeito.
Tal abordagem se baseia nas dificuldades técnicas para a adequada coleta da amostra em nódulos muito pequenos e, sobretudo, no habitual bom prognóstico do microcarcinoma tireoidiano (menor que 1,0 cm).
Quando a punção deve ser repetida?
A PAAF deve ser repetida diante de um resultado citológico insatisfatório ou indeterminado. Geralmente, recomenda-se que o novo exame seja realizado após 3 meses, para se evitarem lesões reativas da punção prévia. No entanto, esse período deve ser menor quando houver uma suspeita maior de malignidade.
Em caso de resultados sugestivos de lesões benignas, o nódulo deve ser acompanhado com ultrassonografia anual e uma nova PAAF somente deve ser indicada caso ocorra aumento significativo do tamanho do nódulo, surgimento de características suspeitas previamente inexistentes ou surgimento de linfonodomegalias atípicas.